Versão Musical

Cambalache

Tici.Ana

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Letra

Que o mundo foi e será uma porcaria, eu já sei
Em 506 e em 2000 também
Que sempre houve ladrões, maquiavélicos e safados
Contentes e frustrados, valores, confusão

Mas que o século XX é uma praga
De maldade e lixo
Já não há quem negue
Vivemos atolados na lameira
E no mesmo lodo todos manuseados

Hoje em dia, dá no mesmo
Ser direito que traidor
Ignorante, sábio, besta
Pretensioso, afanador

Tudo é igual, nada é melhor
É o mesmo um burro, que um bom professor
Sem diferir, é sim senhor
Tanto no Norte ou como no Sul

Se um vive na impostura
Outro afana em sua ambição
Dá no mesmo que seja padre
Carvoeiro, rei de paus, cara dura ou senador

Que falta de respeito, que afronta pra razão
Qualquer um é senhor, qualquer um é ladrão
Misturam-se Beethoven, Ringo Starr e Napoleão
Pio IX e Dom João, John Lennon e San Martin

Igual como na frente da vitrine
Esses bagunceiros se misturam à vida
Feridos por um sabre já sem ponta
Por chorar a bíblia, junto ao aquecedor

Século XX cambalache
Problemático e febril
O que não chora, não mama
Quem não rouba é um imbecil

Já não dá mais, força que dá
Que, lá no inferno, nos vamos encontrar
Não penses mais, senta-te ao lado
Que a ninguém importa se nasceste honrado

Se é o mesmo que trabalha
Noite e dia como um boi
Se é o que vive na fartura
Se é o que mata, se é o que cura
Ou mesmo fora-da-lei

Música Original

Enrique Santos Discépolo

Enrique Santos Discépolo

Cambalache

Versões de "Cambalache"

Letra

Cambalache
Enrique Santos Discépolo

Que el mundo fue y será una porquería, ya lo sé
En el quinientos seis y en el dos mil también
Que siempre ha habido chorros, maquiavélicos y estafadores
Contentos y amargados, valores y dubles

Pero que el siglo veinte es un despliegue
De maldad insolente, ya no hay quien lo niegue
Vivimos revolcados en un merengue
Y en un mismo lodo todos manoseados

Hoy resulta que es lo mismo ser derecho que traidor
Ignorante, sabio, chorro, generoso, estafador
Todo es igual, nada es mejor
Lo mismo un burro que un gran profesor

No hay aplazados, ni escalafón
Los inmorales nos han igualado
Si uno vive en la impostura
Y otro roba en su ambición
Da lo mismo que si es cura
Colchonero, rey de bastos
Caradura o polizón

Que falta de respeto
Que atropello a la razón
Cualquiera es un señor
Cualquiera es un ladrón
Mezclados con Stavisky
Van Don Bosco y la Mignón
Carnera y Napoleón
Don Chicho y San martín

Igual que en la vidriera irrespetuosa
De los cambalaches
Se ha mezclado la vida
Y herida por un sable sin remaches
Ves llorar la Biblia contra un calefón

Siglo veinte, cambalache, problemático y febril
El que no llora, no mama, y el que no afana es un gil
Dale no más, dale que va
Que allá en el horno se vamos a encontrar
No pienses más, siéntate a un lado
Que a nadie importa si naciste honrado
Que es lo mismo el que labura

Noche y día como un buey
Que el que vive de los otros
Que el que mata o el que cura
O esta fuera de la ley

Vivimos revolcaos en un merengue
Y en un mismo lodo todos manoseados

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