Brenda Lee

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Perfil

Brenda Lee (Bodocó, 10 de janeiro de 1948 – São Paulo, 28 de maio de 1996) foi uma militante transexual brasileira dos direitos LGBT. Brenda foi considerada o «anjo da guarda das travestis» e tinha como objetivo ajudar a todos, doentes ou não, que eram discriminados pela sociedade. Seu trabalho tornou um referencial e um marco importante e, por isso, em 21 de outubro de 2008 foi instituído o Prêmio Brenda Lee concedido quinquenalmente para sete categorias por ocasião das comemorações do Dia Mundial de Combate à Aids e aniversário do Programa Estadual DST/Aids do Estado de São Paulo. == Biografia == === Primeiros anos === Nascida no interior de Pernambuco, Brenda era muito efeminada ainda na infância, o que desde cedo lhe tornou alvo de preconceitos. Inicialmente adotou o nome social de Caetana, mas ao se estabelecer em São Paulo escolheu o nome que a tornaria conhecida: Brenda Lee. === Militância === Brenda chegou a São Paulo aos catorze anos e tornou-se figura conhecida e festejada do bairro do Bixiga. Comprou uma casa nesse bairro e acolheu o primeiro portador do vírus HIV em 1984 numa época em que predominava muita desinformação e preconceito sobre a AIDS, quando até mesmo os familiares rejeitavam quem sofria dessa doença e não havia infraestrutura para acolher quem recebia alta hospitalar e não tinha onde morar. A «Casa de Apoio Brenda Lee», também conhecida como «Palácio das Princesas», foi instituída formalmente em 1988 para abrigar pessoas homossexuais e portadores de HIV rejeitados por parentes e também com o objetivo de dar assistência médica, social, moral e material, fossem elas travestis ou não. A casa, que ficava na Rua Major Diogo, 779, Bixiga, começou com três pacientes ainda no ano de sua compra. Em 1988, o cineasta suíço Pierre-Alain Meier dirigiu o filme-documentário intitulado Dores de Amor, no qual expôs a vida nua e crua de quatro mulheres transgêneras. Além da própria Brenda, figuravam Andréa de Mayo, Cláudia Wonder, Condessa Mônica e Thelma Lipp.

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